COTIDIANO

Ando aprendendo uma nova técnica de bordar a máquina.

Uma que não encontro professores online e muito menos ao vivo mas, eu vi, por aí, e cismei de aprender.

Os vídeos, no youtube, são em inglês, e eu, matuta do interior de Minas Gerais “mal e  porcamente” entendo o nosso português.

Mas eu "cismei", né? Sou assim, como diz meu Amor: “com um quê de obstinada”...

Enfim, com obstinação ou sem ela, curiosidade, fome e ânsia de aprender e dominar a técnica, errando e acertando, estou caminhando. A vontade é parar tudo e só fazer isso mas, não dá , né?

Além disso, por causa desse “não dá” e por não conseguir fazer uma coisa só por vez, tenho mais uns quatro projetos iniciados e em andamento ou seja, brevemente muita coisa saindo do forno.

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E, esta manhã, na ronda diária pelo quintal, nas atividades cotidianas, recebi um presente.

Um instante de poesia, de deslumbramento.

Uma vez, vi/ouvi a minha amada Adelia Prado falando que poesia é aquele instante de encantamento puro, que nos faz respirar fundo, prender a respiração uns segundos, então, o mundo pára e se desmancha em sentimento...

Foi muito rápido, me virei e vi a primeira frutinha da uvaia já se formando. Verde, aveludada, pequenininha... o mundo parou para mim. Foi deslumbramento, foi poesia pura: 

Apesar da poeira que se acumula nas folhinhas, por causa da seca que anda, por aqui, ela continua se enchendo de flores...

É muita lindeza junta, meu Deus!