Duas amigas, craques no patchwork,
adquiriram máquinas de bordar computadorizadas e me pediram que lhes explicasse como
fazer aplicações nestas máquinas. Me senti muito honrada e tive imenso prazer
em passar tudo o que sei.
Daí, imaginei que outras pessoas poderiam achar interessante um
pap sobre o assunto...
Eu conheço duas formas de fazer este bordado, se
alguém souber outras eu gostaria de aprender, viu?
Primeira:
Com o bastidor, já na máquina, fazer a primeira
costura de bordado. Ela marcará o local exato e o tamanho da aplicação.
Sobre esta marcação, colar o tecido escolhido, já borrifado com cola temporária em spray e um pouco maior que o contorno.
E, novamente, passar
a costura de marcação. Alguns programas de bordado já vêm com duas costuras
previstas outros, só com uma. Neste caso voltar a maquina refazendo a 1ª
costura.
Retirar o bastidor da máquina e, cuidadosamente,
com uma tesoura pequena e bem afiada, cortar as rebarbas de tecido. Quanto melhor
fizermos isto mais perfeita ficará nossa aplicação.
Observar que meu recorte não ficou muito
perfeito...
Voltar com o bastidor para a máquina e seguir com
o bordado.
Ressalto o cuidado infinito que precisamos ter nesses
manuseios do bastidor para não tirar o tecido do lugar ou deixa-lo ceder caso
contrário, o bordado ficará fora da marcação inicial e aí oh: babau!!! lá se foi o trabalho por água abaixo!!!
Segunda:
Fazer a primeira etapa com a costura de marcação
igual à forma anterior.
Antes, preparar um molde (imprimir) com o desenho
do trabalho que vai se fazer. Eu gosto de colar meus moldes em cartões (reciclo
caixas de embalagens diversas) assim, os terei, por muito tempo e posso usa-los em vários trabalhos.
Riscar o desenho no tecido que vai se usar,
recorta-lo com cuidado, borrifar a cola e aplica-lo cuidadosamente sobre a
marcação já feita pela máquina.
Esta operação é meio chatinha pois, se o tecido ceder e espichar um pouco, ele sairá do lugar.
Ao imprimir o molde acontece uma pequena divergência
de tamanho em relação ao bordado o que, sempre, ocasiona umas beiradinhas bem
chatinhas de se recortar com o bordado pronto mas, nada que uma boa e afiada tesourinha (mais um bocado de paciência e jeitinho) não resolva.
Comparando os dois trabalhos:
Os dois
possuem qualidades e defeitos. Quando usamos tecidos mais encorpados e firmes
conseguimos resultados melhores.
O que influi
muito, também, é o ponto de contorno. Nestes exemplos eu usei o “caseado” mas,
o “ponto cheio” (satim), sem sombra de dúvida, nos oferece a possibilidade de
um arremate mais perfeito.
O trabalho abaixo exemplifica as qualidades do satim sobre o caseado. Observe, nenhuma rebarbinha a vista:
Gosto de aprender e aprimorar, sempre, meu trabalho,
desta forma, se alguém tiver sugestões ou souber de locais na net onde posso
aprender mais por favor, me mostre!