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domingo, 3 de fevereiro de 2013

ORQUÍDEAS

Meu relacionamento com as orquídeas é, no mínimo, curioso.
Interesse especial por elas? Nunca. Como todas as pessoas, sempre as achei bonitas. Intenção de cultivá-las? Nenhuma! Gosto mais é de meter a mão na terra, pegar o podão e cortar galhos secos, replantar, adubar, tudo em estilo bem camponês: bruto, grande, visceral.

Pois bem, enquanto construíamos nossa casa, moramos na casa da família. Minhas irmãs mais novas adoram plantas e flores mas, é um amor platônico,sem maiores intimidades,  sem envolvimentos... sabe como é? 
Lá, na casa, havia muitas flores e plantas, cultivadas anteriormente pela minha madrasta e, entre elas, orquídeas – “dendróbios” – que estavam num tronco. Compadeci-me deles e os trouxe, para cá, onde, pelo menos, não morreriam de sede. Foram devidamente instalados em uma das árvores do nosso quintal.




Um dos pedreiros que trabalhavam na obra viu e falou: “A senhora gosta de orquídeas? Vou lhe trazer uma!” e trouxe mesmo; foi amarrada num galho... Aí apareceu alguém para ver a obra, viu as orquídeas e falou:”Você gosta de orquídeas? Eu também! Vou lhe dar uma de presente!” E assim o fez. Minha cunhada veio, de S.Paulo, e falou:”Tenho umas orquídeas que não gostam muito lá de casa. Vou trazê-las para cá!” E foi feito. Uma amiga vendeu a casa onde morava, foi para uma menor onde não pôde acomodar todas suas plantas e trouxe algumas para serem albergadas aqui... Alguns amigos, vendo que aqui tinha orquídeas me presentearam com outras e outros amigos simplesmente me presentearam porque, com carinho, quiseram me dar uma flor bonita.


Pois bem, de presente em presente, doação em doação, as orquídeas  proliferaram no quintal. Gostaram daqui e me cativaram integralmente.






Um dos meus irmãos é orquidófilo, participa ativamente de uma associação  "desse povo" que é apaixonado por orquídeas – NOSSJ-, tem um orquidário  pequeno mas bem bonito e sortido. Por causa dele comecei a frequentar exposições de orquídeas. E´um prazer para os olhos e para a alma! E, frequentando estas exposições, me vejo, quase sempre, comprando uma mudinha aqui outra ali... nunca as mais caras ou raras mas, as que simplesmente acho bonitas (e com precinho lá embaixo). Ah, este irmão, as vezes, também me presenteia com plantas e traz, para cá, as que não julga dignas do seu orquidário seleto. Acho é bom!



Bem rústica, esta é natural da serra de São José (Tiradentes/MG), coletada indevida e antiecologicamente. Ganhei. Pelo menos aqui está preservada.

Esta lindinha, aí em cima, super delicada, tem um horroroso cheiro de ovo!






Belíssima, na cor encarnada (é mais escura ao vivo), tem  perfume de cravo mas, ele  é tão forte que não pode ficar muito perto de onde estamos pois, chega a nos causar enjoo.

Tinhosa que só...  esta amarelinha gorducha (no tronco da árvore)) levou 8 anos para a primeira florada. Foi-me presenteada por uma das irmãs que perdeu a paciência de esperar a florzinha que não aparecia... Me dei bem,valeu a pena!

Ainda há muitas mais....Hoje, a varanda da minha oficina é também um pequeno orquidário e todas as árvores do quintal as têm nos troncos e galhos.
Meu relacionamento com as orquídeas é, no mínimo curioso, e... deu no que deu!